Seguir-te-ei, para onde quer que fores!


Os métodos modernos de propaganda e publicidade falam das “enormes” e “variadas” vantagens dos seus produtos com letras bem “GRAÚDAS” e das desvantagens (isto é, quando dizem…) com letras bem “miúdas”. Ao contrário deles, Jesus nunca escondeu os perigos a que estariam sujeitos aqueles que quisessem e desejassem segui-lo. Ele nunca atraiu multidões prometendo riqueza, prestígio, fama, saúde, solução de problemas, para depois cochichar baixinho: “Só que de vez em quando, pode acontecer de você ser perseguido e humilhado por minha causa”. Jesus era franco e fazia questão de deixar bem claro o que significava segui-lo.

Um dia, Jesus, acompanhado dos seus discípulos, andava por um caminho e de repente foi interrompido por certo homem, que de uma forma admirável se ofereceu para segui-lo por onde quer que fosse: Seguir-te-ei para onde quer que fores (Lc 9:57). Que proposta! Você teria coragem de fazê-la? Já fez?! Sabe exatamente tudo o que envolve seguir a Cristo para onde quer que Ele vá? Há um preço a pagar. Esse certo homem, com sua “aparente” admirável proposta não havia entendido o que significava realmente seguir a Jesus por onde quer que ele vá… Jesus fez questão de deixar as coisas bem claras.

Ele respondeu ao discípulo: As raposas têm covis e as aves do céu ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Lc 9:58). Por que Jesus responde esse homem de maneira tão “seca”? Com certeza Cristo sabia as verdadeiras motivações desse suposto discípulo. A expressão “filho do homem” pode muito nos ajudar a esclarecer o que realmente o levou até Jesus. “Filho do Homem” para um judeu tinha o sentido de triunfo, de poder, de glória. Ao ouvir essa expressão, o judeu imagina um vencedor, um guerreiro, um poderoso, um libertador, um defensor montado num cavalo bonito e elegante.

Quando esse “discípulo” se aproxima de Cristo ele vem com essa idéia. Ele disse seguir-tei-ei para onde quer que fores, pensando nesse homem glorioso, poderoso, no “Filho do Homem”. Ele estava de olho na glória, no prestígio, na fama… Quando Jesus disse que o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça, ele silenciou. Não combinava com conceito que ele tinha de Filho do Homem. Pare para pensar na desilusão, na frustração daquele homem. Em silêncio ele teve que repensar a sua decisão, pensar se era exatamente aquilo que estava querendo. Talvez, depois dessa resposta de Cristo ele não mais desejava segui-lo…

E quanto a nós? O que nos motiva seguir a Jesus? Quem deseja seguir a Cristo por onde quer que ele vá precisa saber dessa verdade: Não se iluda com a promessa de riquezas, posições, prazeres, pompa. Quem se propõe a segui-lo para todos os lugares deve saber que existe uma cruz para ser carregada. Não é uma cruz de ouro, leve, fácil de ser transportada. Ela é pesada, é preciso despender esforços para carregá-la! O verdadeiro discípulo precisa estar disposto a pagar esse preço, e se assim fizer, até o final, verá o “Filho do Homem”, que é sim poderoso e vencedor, vir na sua glória com os seus santos anjos (Mt 25:31).

Que Ele tenha misericórdia de nós!


Fonte:
Devocional de autoria de Eleilton William S. Freitas

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