Policia usa foto da web e cria falso candidato para agir na favela.

Policiais se passaram por cabos eleitorais em favela de SP. Objetivo era combater o tráfico. Quatro homens foram presos.

O chefe dos investigadores do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), Rodrigo Fukuoka, considerou neste sábado (28) um “sucesso” a operação policial que infiltrou por dois meses na favela de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, agentes que se apresentavam como cabos eleitorais. De acordo com ele, como este ano é de eleições, surgiu a ideia de criar um candidato falso para que as equipes conseguissem andar livremente pela comunidade.

"Pegamos a foto de um rosto na internet", contou Fukuoka, explicando como "criaram" a imagem do falso candidato a deputado estadual. A informação inicial passada pela polícia era de que esse "candidato" é um agente do Garra e estava infiltrado na favela, mas Fukuoka contou que "ele não existe" e somente os cabos eleitorais foram à comunidade. A região foi mapeada por meio de câmeras escondidas em cada visita que os supostos integrantes do partido PLM (também falso) faziam ao local. O objetivo era combater o tráfico e quatro possíveis traficantes foram presos na sexta-feira (27), quando ação teve fim. Para não levantar suspeitas depois de tanto tempo, o "candidato" apareceria no local. Mas, em vez dele, os policiais apareceram e realizaram as prisões.

Entre os presos está um homem apontado pela polícia como o gerente do tráfico de drogas na favela. “A operação foi um sucesso. Ele foram pegos de surpresa”, contou Fukuoka ao G1. Para ele, “o mais interessante” foi descobrir o volume de entorpecente vendido e a quantidade de compradores.

'Drive thru' da droga

“(A boca de fumo) Funcionava como um ‘drive thru’, 24h. Rende R$ 80 mil só em um fim de semana”, relatou o policial. Heliópolis é considerada a maior favela de São Paulo. “É muito bem vigiada. Tínhamos que infiltrar o maior número possível de policiais porque eles (traficantes) usam de 10 a 15 pessoas que ficam estrategicamente distribuídas e se comunicando por rádio”, disse ele, justificando a ação.

Candidato 171

Por ser ano eleitoral, a delegacia decidiu inventar o candidato Cosme da Vila, que tinha número 70.171. Os três últimos dígitos representam o crime de estelionato no Código Penal. Fukuoka contou que o suposto político apareceria na comunidade na sexta, como os "cabos eleitorais" começaram a anunciar.

Durante os dois meses, os falsos representantes do partido chegaram a distribuir santinhos de Cosme da Vila para não levantar suspeitas. “Mas ele (o candidato) não apareceu porque não existe. Só marcamos que ele iria lá na favela”, explicou o policial, contando como os agentes surpreenderam os criminosos.

Apesar de prender quatro pessoas, Fukuoka disse que “alguns” suspeitos conseguiram fugir. O homem apontado como gerente do tráfico em Heliópolis foi pego em flagrante vendendo a droga, como informou o policial. Durante a operação, os agentes apreenderam duas armas, 0,5 kg de maconha 50 trouxinhas de cocaína.

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Fonte: G1.com

2 comentários:

  1. nossa, eles deram a dica do "70.171" e ainda teve gente que caiu? qual é o candidato de verdade que aceitaria um número desses, gente? é muita lerdeza!

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  2. É o candidato "Fake" kkkkkkkkkkkkkkk

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