Quando o orgulhoso come capim




O que você obtém quando combina um temperamento esquentado, um ego inflado, falta de consciência e poder sem limites?

Resposta: Um antigo rei da Babilônia.

Nabucodonosor chegou ao poder pouco depois de derrotar os egípcios em uma das mais importantes batalhas da história antiga, e governou o Império da Babilônia por mais de quatro décadas de 605 a 562 a.C. Ele reinou como soberano absoluto de um vasto reino que dominava o antigo Oriente Médio. Analisando aquele longo reinado, Daniel disse o seguinte acerca do monarca: “Homens de todas as nações, povos e línguas tremiam diante dele e o temiam. A quem o rei queria matar, matava; a quem queria poupar, poupava; a quem queria promover, promovia; e a quem queria humilhar, humilhava” (Daniel 5.19).

Deus usou Nabucodonosor para disciplinar o povo rebelde de Judá por meio de uma série de invasões devastadoras, culminando com a destruição de Jerusalém e a demolição do templo em 586 a.C. Tropas babilônicas mataram milhares de hebreus e levaram incontáveis milhares de outros para o cativeiro.

Além das conquistas militares, Nabucodonosor criou uma reputação para si por meio de um impressionante programa de construção. Babilônia, sua capital, já era uma cidade antiga em sua época, mas ele a embelezou e a expandiu, criando a metrópole mais impressionante de toda a terra. A cidade se estendia por cerca de quinze quilômetros quadrados, exibia pouco mais de 27 quilômetros de muros duplos, com oito portões principais, e se orgulhava de um imenso lago artificial construído para a defesa. Nos dias atuais, visitantes podem observar as ruínas do famoso portão de Ishtar, adornado por tijolos coloridos e imagens em relevo de touros, leões e dragões. Mais de cinquenta templos se espalhavam pelo interior da cidade, sendo o principal deles um zigurate de 110 metros quadrados de base e sete andares de altura, com um altar no topo, a cerca de noventa metros de altura.

Um dia, enquanto olhava de seu palácio para tudo o que havia construído, Nabucodonosor exclamou: “Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade?” (Dn 4.30).

Naquele momento, o terrível julgamento de Deus caiu sobre ele. Assim como Daniel predissera um ano antes, Nabucodonosor mergulhou no caos da insanidade (por sete meses ou sete anos; o texto hebraico não é claro). Seus sintomas – viver com animais, comer capim, pelos crescendo como as penas de uma águia e unhas como as garras das aves – descrevem uma condição médica rara, conhecida hoje como boantropia, uma doença mental que faz a pessoa acreditar que é um boi. Deus queria ensinar ao rei arrogante “que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer” (Dn 4.25).

Depois de vagar com os animais pelo tempo determinado, Nabucodonosor finalmente recuperou sua sanidade – e também um profundo respeito pelo rei infinitamente mais poderoso do que ele. “O seu domínio é um domínio eterno”, declarou Nabucodonosor; “o seu reino dura de geração em geração. Todos os povos da terra são como nada diante dele” (Dn 4:34-35). Talvez o mais impressionante seja a conclusão a que chegou o rei castigado: o Deus todo-poderoso “tem poder para humilhar aqueles que vivem em arrogância” (4:37).

Moral da História: A arrogância humana não tem lugar diante da majestade de Deus.


Fonte: Bíblia de Estudo Desafios de Todo Homem – pág. 989 | Via Sou da Promessa

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