Tendes Desviado do Caminho?
Mas vós vos tendes desviado do caminho e, por vossa instrução, tendes feito tropeçar a muitos; violastes a aliança de Levi, diz o Senhor dos exércitos. (Ml 2:8)
***
DEC - PC@maral
Pela Bíblia, aprendemos que, em todos os tempos e lugares, Deus sempre escolheu e capacitou para liderar seu povo pessoas que tivessem humildade para reconhecer seus próprios erros e depender dele exclusivamente, pessoas de responsabilidade e temor para agir em comprometimento com a sã doutrina, pessoas com fé e paciência para enxergar e esperar o tempo de Deus, pessoas cuja glória não estivesse em serem servidas, mas em servir, pessoas que se contentassem com o pouco, para não dar lugar à tentação da corrupção; pessoas que pregassem o que vivessem e vivessem o que pregassem, a fim de guiar os outros no caminho da verdade. É de homens e mulheres assim que a igreja de Deus necessita.
Visto que, vivemos em meio a uma profunda crise de integridade no que concerne a vida de muitos líderes religiosos. Os escândalos envolvendo a vida daqueles que deveriam dar exemplo à sociedade são cada vez mais frequentes, e têm provocado o afastamento de muitas pessoas dos caminhos do Senhor. Infelizmente, esta triste realidade não é de hoje. “Malaquias, profeta dos dias de Neemias, dirige sua mensagem de juízo a um povo atingido pela corrupção dos sacerdotes, por práticas ímpias e pelo falso senso de segurança em sua privilegiada relação com Deus” [WILKINSON, B. &; BOA, K. Descobrindo a Bíblia. São Paulo: Candeia, 2000 pag.320]. Por causa disso, Deus os alertou:
1. Tendes desviado do caminho: Desvio, afastamento, deserção e rebelião têm o mesmo sentido e aplicam-se perfeitamente ao contexto. O sacerdócio era uma vocação santa, que envolvia pureza, responsabilidade, bom testemunho, zelo e amor. Os olhos da nação estavam dia e noite sobre os “pormenores” da vida dos sacerdotes; afinal de contas, eles representavam o povo diante de Deus. Eles eram de fundamental importância para a sociedade: Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos (Ml 2:7). Porém, havia algo de errado acontecendo: ... vós vos tendes desviado do caminho (2:8). Todo sacerdote tinha absoluto conhecimento de como deveria proceder em seu ministério, contudo, o declínio de tão nobre vocação era evidente. “Os sacerdotes haviam perdido todo e qualquer respeito pelo nome de Deus, e em sua avidez só ofereciam sobre o altar animais doentes e defeituosos” [WILKINSON, B. &; BOA, K. Descobrindo a Bíblia. São Paulo: Candeia, 2000 pag. 323]. Estes haviam esquecido de que com Deus não se brinca! Haviam trocado a honestidade pela injustiça, a vida pela morte, a luz pelas trevas. Os líderes do povo de Deus não mais se contentavam em seguir os caminhos do Senhor com fidelidade. O deus deste século lhes cegou o entendimento (II Co 4:4). Agora, nada mais eram do que meros cegos guiando a outros para o precipício.
2. Tendes feito tropeçar a muitos: O desvio dos sacerdotes da lei de Deus culminou no desvio do povo. “Já era terrível os sacerdotes estarem transgredindo a lei, mas, além disso, estavam levando outros a tropeçar (Ml 2:8)” [WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento. Santo André: Geográfica, 2006, Vol. 4 pag. 593]. À semelhança do que muito acontece em nossos dias, o veneno mortífero da mentira destilava dos lábios de quem deveria pronunciar a palavra de Deus, que é a fonte ilimitada da verdade. Observe a repreensão de Deus: ... por vossa instrução, tendes feito tropeçar a muitos (2:8). A situação era muito grave. Não se deve, em hipótese alguma, fazer uma só pessoa tropeçar e se afastar de Deus, porque, ao culpado, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar (Mt 18:6). Querendo ou não, todo líder influencia de forma positiva ou negativa seus liderados. Cristo deixou isso muito evidente ao afirmar: Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13:15). Seguindo o mesmo raciocínio, Paulo escreveu a Timóteo: Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (I Tm 4:12). Precisa-se de exemplos, aliás, de bons exemplos! Bons exemplos os pastores devem ser; os professores da Escola Bíblica devem ser; os líderes das crianças, da mocidade, das senhoras e dos senhores devem ser; bom exemplo é o que cada cristão, líder ou não, deve ser. Sejamos bons exemplos!
3. Violastes a aliança de Levi: Os levitas, em seus vários ramos, receberam a incumbência de zelar, exclusivamente, pelas coisas concernentes ao sacerdócio. É nisso que consiste a aliança proferida em Malaquias 2:5: Minha aliança com ele foi de vida e paz. Somente os descendentes de Arão (um ramo dos levitas) podiam ser sacerdotes (Lv 1:5). Os outros ramos serviam como assistentes, realizando tarefas servis, sujas e difíceis (Nm 18:2-4) [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5. pag. 3708]. Portanto, como sacerdotes ou como auxiliares, os levitas tinham de zelar, fielmente, pelo pacto que haviam feito com Deus. Nas “cláusulas” do pacto, havia deveres, tais como: obediência, temor e zelo. Seguir esses princípios significava vida e paz por parte de Deus (Ml 2:5; Nm 25:12-13). Entretanto, a aliança de Levi foi violada, diz o Senhor dos exércitos (Ml 2:8). O verbo “violar” significa corromper moralmente (Gn 6:12), destruir (Ml 3:11) [BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1982 pag. 198]. Os sacerdotes haviam se corrompido e tornado em pedaços a aliança de Levi. “A casta sacerdotal foi criada para servir ao povo, em questões espirituais, não para servir a si mesma, aumentando riquezas e praticando prazeres proibidos. Os sacerdotes ‘profanaram’ o culto e a eles mesmos, violando a legislação mosaica pela qual deveriam ter dirigido sua vida” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5. pag. 3708]. Eles escolheram o caminho mais curto; porém, o mais perigoso para se promoverem. Muitos imaginam que praticando o pecado às escondidas, não serão punidos; afinal de contas, ninguém saberá. Mas Deus tudo vê. Ninguém pode enganá-lo! Deus os punirá.
4. Eu vos fiz desprezíveis: De tudo o que vimos, até aqui, podemos entender que tais sacerdotes já não mais estavam no nível de representar o Deus Santo, pois suas mentes eram más, seus pés caminhavam tortuosamente, suas mãos eram manchadas de propinas e seus lábios, contaminados com falsidade. Eles “acrescentaram a perversão do seu ofício como juízes do povo, aceitando subornos, pisando os pobres e fracos, favorecendo os ricos e poderosos, dando e aceitando julgamentos falsos nas cortes, apoiando a causa dos injustos, ignorando as causas justas, aprovando os maldosos e perseguindo os justos” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5. pag. 3708]. Por isso e muito mais, Deus não somente os desprezou como também os fez desprezíveis (Ml 2:9). A classe sacerdotal ficou desacreditada perante a sociedade. As pessoas passaram a entender que os sacerdotes não mais eram dignos de confiança. Seus nomes estavam “sujos na praça”. Deus nunca vai dar honra a quem o desonra; nunca beneficiará o injusto e nem promoverá a quem passa por cima de suas ordens; não elogiará os repreensíveis. Infelizmente, “estamos vivendo uma crise moral na liderança evangélica brasileira: pastores caindo em adultério, pastores abandonando a sã doutrina, escândalos de toda sorte irrompendo dentro das igrejas” [LOPES, H. D. Malaquias: a igreja no tribunal de Deus. São Paulo: Hagnos, 2006 pag. 56]. Há muitos pastores e líderes sérios e zelosos na obra de Deus que merecem crédito. A estes, Deus não despreza, mas honra, por meio de um ministério frutífero. Na vida cristã, há uma palavra que merece destaque: cuidado. Todos, independentemente de sermos líderes ou liderados, de sermos pastores ou ovelhas, devemos nos acautelar para não nos desviarmos do caminho. Tomemos o devido cuidado para não sermos o principal motivo do afastamento das pessoas; para não descumprirmos o compromisso que fizemos com o nosso Deus, a fim de que tenhamos vida e paz; para não nos tornarmos desprezíveis a Deus e à sociedade. A vida dos sacerdotes da geração de Malaquias reflete muito bem a vida de muitas pessoas da nossa geração. Mas ainda dá para mudar! Ainda é possível o arrependimento!
PRATICANDO A PALAVRA DE DEUS
Ensinemos corretamente a palavra do Senhor - Os sacerdotes, sem sombra de dúvida, eram exímios conhecedores da palavra do Senhor; porém, não a ensinavam corretamente. Eles a usavam não para levar as pessoas ao arrependimento, mas, sim, para se beneficiar. Eles deturpavam o ensino e ludibriavam o povo. Não incorramos no mesmo erro! Ensinemos a palavra do Senhor corretamente e sem segundas intenções! Ensinar a palavra de Deus com motivações erradas constitui-se um terrível pecado. Se quisermos ver Deus agir nas pessoas, é necessário que lhes ensinemos a verdade do evangelho.
Sejamos comprometidos com a palavra do Senhor - Os sacerdotes contemporâneos a Malaquias foram responsáveis pelo afastamento de muita gente dos retos caminhos de Deus. Eles tinham conhecimento da Palavra e tinham livre acesso a ela, mas faltava-lhes comprometimento com a mesma. Para eles, importava mais ter dinheiro (propina) no bolso do que bom nome na praça. É preciso que haja cristãos comprometidos com a palavra de Deus e com o Deus da palavra; cristãos que não aceitem nenhum tipo de propina para mudar os rumos da pregação; cristãos que, antes de obedecer a homens, obedeçam a Deus. Quem são esses cristãos? Somos nós! Sejamos comprometidos!
Sejamos irrepreensíveis na palavra do Senhor – (...) sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (I Tm 4:12). Esse é o conselho de um pastor para uma ovelha e de uma ovelha para um pastor, de um pai (na fé) para um filho, de um amigo para o outro, de irmão para irmão. Paulo estava alertando a seu nobre companheiro, Timóteo, a não cair na “mesmice” e a não ficar preso às cadeias da “teoria”. Ser cristão autêntico não é apenas portar uma Bíblia nas mãos e ir à igreja, mas é deixar-se levar por ela! É ser um modelo de vida que agrade a Deus. O que as pessoas têm imaginado ao olharem para você? O seu nome está limpo na praça? Você ainda está vivendo da teoria ou praticando o cristianismo autêntico? Fuja do caminho do desvio. Seja irrepreensível na palavra. Pense nisso.
CONCLUSÃO
É possível que, você tenha se lembrado de alguma(s) pessoa(s) ou imaginado a si mesmo em algum período da sua vida. Há muitos beirando o abismo do desvio. Há muitas pessoas desiludidas por causa dos falsos cristãos, os quais são “péssimos exemplos” nesta geração. Infelizmente, o “vírus” do descrédito está adoecendo a muitos. Porém, há uma cura! Há um “antídoto” contra a falta de princípio e de valores morais: Jesus Cristo! Pela sua Palavra é possível haver firmeza espiritual nas pessoas; é possível haver líderes preocupados em temer a Deus; é possível haver uma igreja santa, servindo ao Deus santo.
Que Deus nos ajude e nos abençoe!
LEIA + SOBRE O LIVRO DE MALAQUIAS AQUI
Visto que, vivemos em meio a uma profunda crise de integridade no que concerne a vida de muitos líderes religiosos. Os escândalos envolvendo a vida daqueles que deveriam dar exemplo à sociedade são cada vez mais frequentes, e têm provocado o afastamento de muitas pessoas dos caminhos do Senhor. Infelizmente, esta triste realidade não é de hoje. “Malaquias, profeta dos dias de Neemias, dirige sua mensagem de juízo a um povo atingido pela corrupção dos sacerdotes, por práticas ímpias e pelo falso senso de segurança em sua privilegiada relação com Deus” [WILKINSON, B. &; BOA, K. Descobrindo a Bíblia. São Paulo: Candeia, 2000 pag.320]. Por causa disso, Deus os alertou:
1. Tendes desviado do caminho: Desvio, afastamento, deserção e rebelião têm o mesmo sentido e aplicam-se perfeitamente ao contexto. O sacerdócio era uma vocação santa, que envolvia pureza, responsabilidade, bom testemunho, zelo e amor. Os olhos da nação estavam dia e noite sobre os “pormenores” da vida dos sacerdotes; afinal de contas, eles representavam o povo diante de Deus. Eles eram de fundamental importância para a sociedade: Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos (Ml 2:7). Porém, havia algo de errado acontecendo: ... vós vos tendes desviado do caminho (2:8). Todo sacerdote tinha absoluto conhecimento de como deveria proceder em seu ministério, contudo, o declínio de tão nobre vocação era evidente. “Os sacerdotes haviam perdido todo e qualquer respeito pelo nome de Deus, e em sua avidez só ofereciam sobre o altar animais doentes e defeituosos” [WILKINSON, B. &; BOA, K. Descobrindo a Bíblia. São Paulo: Candeia, 2000 pag. 323]. Estes haviam esquecido de que com Deus não se brinca! Haviam trocado a honestidade pela injustiça, a vida pela morte, a luz pelas trevas. Os líderes do povo de Deus não mais se contentavam em seguir os caminhos do Senhor com fidelidade. O deus deste século lhes cegou o entendimento (II Co 4:4). Agora, nada mais eram do que meros cegos guiando a outros para o precipício.
2. Tendes feito tropeçar a muitos: O desvio dos sacerdotes da lei de Deus culminou no desvio do povo. “Já era terrível os sacerdotes estarem transgredindo a lei, mas, além disso, estavam levando outros a tropeçar (Ml 2:8)” [WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento. Santo André: Geográfica, 2006, Vol. 4 pag. 593]. À semelhança do que muito acontece em nossos dias, o veneno mortífero da mentira destilava dos lábios de quem deveria pronunciar a palavra de Deus, que é a fonte ilimitada da verdade. Observe a repreensão de Deus: ... por vossa instrução, tendes feito tropeçar a muitos (2:8). A situação era muito grave. Não se deve, em hipótese alguma, fazer uma só pessoa tropeçar e se afastar de Deus, porque, ao culpado, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar (Mt 18:6). Querendo ou não, todo líder influencia de forma positiva ou negativa seus liderados. Cristo deixou isso muito evidente ao afirmar: Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13:15). Seguindo o mesmo raciocínio, Paulo escreveu a Timóteo: Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (I Tm 4:12). Precisa-se de exemplos, aliás, de bons exemplos! Bons exemplos os pastores devem ser; os professores da Escola Bíblica devem ser; os líderes das crianças, da mocidade, das senhoras e dos senhores devem ser; bom exemplo é o que cada cristão, líder ou não, deve ser. Sejamos bons exemplos!
3. Violastes a aliança de Levi: Os levitas, em seus vários ramos, receberam a incumbência de zelar, exclusivamente, pelas coisas concernentes ao sacerdócio. É nisso que consiste a aliança proferida em Malaquias 2:5: Minha aliança com ele foi de vida e paz. Somente os descendentes de Arão (um ramo dos levitas) podiam ser sacerdotes (Lv 1:5). Os outros ramos serviam como assistentes, realizando tarefas servis, sujas e difíceis (Nm 18:2-4) [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5. pag. 3708]. Portanto, como sacerdotes ou como auxiliares, os levitas tinham de zelar, fielmente, pelo pacto que haviam feito com Deus. Nas “cláusulas” do pacto, havia deveres, tais como: obediência, temor e zelo. Seguir esses princípios significava vida e paz por parte de Deus (Ml 2:5; Nm 25:12-13). Entretanto, a aliança de Levi foi violada, diz o Senhor dos exércitos (Ml 2:8). O verbo “violar” significa corromper moralmente (Gn 6:12), destruir (Ml 3:11) [BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1982 pag. 198]. Os sacerdotes haviam se corrompido e tornado em pedaços a aliança de Levi. “A casta sacerdotal foi criada para servir ao povo, em questões espirituais, não para servir a si mesma, aumentando riquezas e praticando prazeres proibidos. Os sacerdotes ‘profanaram’ o culto e a eles mesmos, violando a legislação mosaica pela qual deveriam ter dirigido sua vida” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5. pag. 3708]. Eles escolheram o caminho mais curto; porém, o mais perigoso para se promoverem. Muitos imaginam que praticando o pecado às escondidas, não serão punidos; afinal de contas, ninguém saberá. Mas Deus tudo vê. Ninguém pode enganá-lo! Deus os punirá.
4. Eu vos fiz desprezíveis: De tudo o que vimos, até aqui, podemos entender que tais sacerdotes já não mais estavam no nível de representar o Deus Santo, pois suas mentes eram más, seus pés caminhavam tortuosamente, suas mãos eram manchadas de propinas e seus lábios, contaminados com falsidade. Eles “acrescentaram a perversão do seu ofício como juízes do povo, aceitando subornos, pisando os pobres e fracos, favorecendo os ricos e poderosos, dando e aceitando julgamentos falsos nas cortes, apoiando a causa dos injustos, ignorando as causas justas, aprovando os maldosos e perseguindo os justos” [CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, Vol 5. pag. 3708]. Por isso e muito mais, Deus não somente os desprezou como também os fez desprezíveis (Ml 2:9). A classe sacerdotal ficou desacreditada perante a sociedade. As pessoas passaram a entender que os sacerdotes não mais eram dignos de confiança. Seus nomes estavam “sujos na praça”. Deus nunca vai dar honra a quem o desonra; nunca beneficiará o injusto e nem promoverá a quem passa por cima de suas ordens; não elogiará os repreensíveis. Infelizmente, “estamos vivendo uma crise moral na liderança evangélica brasileira: pastores caindo em adultério, pastores abandonando a sã doutrina, escândalos de toda sorte irrompendo dentro das igrejas” [LOPES, H. D. Malaquias: a igreja no tribunal de Deus. São Paulo: Hagnos, 2006 pag. 56]. Há muitos pastores e líderes sérios e zelosos na obra de Deus que merecem crédito. A estes, Deus não despreza, mas honra, por meio de um ministério frutífero. Na vida cristã, há uma palavra que merece destaque: cuidado. Todos, independentemente de sermos líderes ou liderados, de sermos pastores ou ovelhas, devemos nos acautelar para não nos desviarmos do caminho. Tomemos o devido cuidado para não sermos o principal motivo do afastamento das pessoas; para não descumprirmos o compromisso que fizemos com o nosso Deus, a fim de que tenhamos vida e paz; para não nos tornarmos desprezíveis a Deus e à sociedade. A vida dos sacerdotes da geração de Malaquias reflete muito bem a vida de muitas pessoas da nossa geração. Mas ainda dá para mudar! Ainda é possível o arrependimento!
PRATICANDO A PALAVRA DE DEUS
Ensinemos corretamente a palavra do Senhor - Os sacerdotes, sem sombra de dúvida, eram exímios conhecedores da palavra do Senhor; porém, não a ensinavam corretamente. Eles a usavam não para levar as pessoas ao arrependimento, mas, sim, para se beneficiar. Eles deturpavam o ensino e ludibriavam o povo. Não incorramos no mesmo erro! Ensinemos a palavra do Senhor corretamente e sem segundas intenções! Ensinar a palavra de Deus com motivações erradas constitui-se um terrível pecado. Se quisermos ver Deus agir nas pessoas, é necessário que lhes ensinemos a verdade do evangelho.
Sejamos comprometidos com a palavra do Senhor - Os sacerdotes contemporâneos a Malaquias foram responsáveis pelo afastamento de muita gente dos retos caminhos de Deus. Eles tinham conhecimento da Palavra e tinham livre acesso a ela, mas faltava-lhes comprometimento com a mesma. Para eles, importava mais ter dinheiro (propina) no bolso do que bom nome na praça. É preciso que haja cristãos comprometidos com a palavra de Deus e com o Deus da palavra; cristãos que não aceitem nenhum tipo de propina para mudar os rumos da pregação; cristãos que, antes de obedecer a homens, obedeçam a Deus. Quem são esses cristãos? Somos nós! Sejamos comprometidos!
Sejamos irrepreensíveis na palavra do Senhor – (...) sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (I Tm 4:12). Esse é o conselho de um pastor para uma ovelha e de uma ovelha para um pastor, de um pai (na fé) para um filho, de um amigo para o outro, de irmão para irmão. Paulo estava alertando a seu nobre companheiro, Timóteo, a não cair na “mesmice” e a não ficar preso às cadeias da “teoria”. Ser cristão autêntico não é apenas portar uma Bíblia nas mãos e ir à igreja, mas é deixar-se levar por ela! É ser um modelo de vida que agrade a Deus. O que as pessoas têm imaginado ao olharem para você? O seu nome está limpo na praça? Você ainda está vivendo da teoria ou praticando o cristianismo autêntico? Fuja do caminho do desvio. Seja irrepreensível na palavra. Pense nisso.
CONCLUSÃO
É possível que, você tenha se lembrado de alguma(s) pessoa(s) ou imaginado a si mesmo em algum período da sua vida. Há muitos beirando o abismo do desvio. Há muitas pessoas desiludidas por causa dos falsos cristãos, os quais são “péssimos exemplos” nesta geração. Infelizmente, o “vírus” do descrédito está adoecendo a muitos. Porém, há uma cura! Há um “antídoto” contra a falta de princípio e de valores morais: Jesus Cristo! Pela sua Palavra é possível haver firmeza espiritual nas pessoas; é possível haver líderes preocupados em temer a Deus; é possível haver uma igreja santa, servindo ao Deus santo.
Que Deus nos ajude e nos abençoe!
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DEC - PC@maral
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